quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Cadê o Dinheiro?

 Todos nós pagamos impostos.
 Alguns são explícitos, outros são 'escondidos', mas afinal de contas, cadê o dinheiro brasileiro?
 Constata-se que uma porcentagem ridiculamente pequena de nossa população (aproximadamente 0,01%) obteve um aumento de renda equivalente a 4 vezes as rendas anteriores. Tudo isso em apenas um ano!
 Mas se essa porcentagem da população (que já era rica) obteve um aumento, isso significa que uma grande porcentagem da população empobreceu.
 Acontece que, segundo as pesquisas, 35% da população brasileira saiu da miséria. E quanto à qualidade de vida dos outros cidadãos? Será que não tem algo de errado? De onde vem esse dinheiro? Pra onde vai?
 Um incrível site chamado Impostômetro trouxe uma ideia um tanto quanto genial de nos mostrar a quantidade de impostos que pagamos. Para falar a verdade, os números são muito mais assustadores do que você pode imaginar.
 O Brasil está com um índice de impostos cobrados tão grande que chega a ser maior do que em países de primeiro mundo, como os grandes EUA.
 Se arrecadamos mais impostos em escalas tão assustadoramente maiores, deveríamos ser um país capaz de satisfazer grande parte de nossa população.
 Você está satisfeito?
 Acessando o site do Impostômetro você poderá calcular a média de impostos que você paga através das calculadoras disponíveis, sem falar que você também pode ter uma estimativa em tempo real do total de impostos arrecadados no decorrer do ano e ações que poderiam ser feitas com esse mesmo dinheiro.
 Para você ter uma pequena noção, bateremos na casa de 1 trilhão e meio este ano. A média é de R$ 561 reais por habitante ao MÊS, lembrando que o salário mínimo é de R$ 620 reais.
 O imposto está em tudo que compramos, vendemos e utilizamos. Tudo, é claro, pelo bem da população!
 Mais um vez faço a pergunta:
 - Você está satisfeito?


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terça-feira, 6 de novembro de 2012

As Ondas e as Marés

 Apesar de não ser muito comentada ou divulgada, existe uma Fonte de Energia um tanto quanto interessante em certas praias e mares do nosso planeta: A Energia Oceânica.
 Essa energia também chamada às vezes de Gravitacional (cujo nome também é usado em física para outro evento totalmente diferente) é o simples fato de aproveitarmos a energia da força dos oceanos!
 Existem, como com quase todo tipo de fonte de energia, vários usos e vários métodos que abrangem essa fonte. Antigamente, as marés eram utilizadas apenas para trafegar pelos oceanos e desvendar novas descobertas. Tudo isso, claro, com uma ajudinha dos ventos e da engenharia medieval.
 Mas atualmente existe uma forma de converter a força as águas marítimas em eletricidade!
 É realmente interessante pensar nessa fonte de energia, ainda mais por que uma pergunta não quer calar: Como se obtém essa energia?

 Vamos dividir um Oceano em 3 partes: A parte superficial (zona eufótica), onde ficam as ondas; a parte intermediária (zona disfótica), onde chamaremos de maré; e a parte funda (afótica) chamada de Reino Abissal.
 Cada uma dessas camadas se comportam de uma forma diferente, possui ambientes e eventos totalmente diferentes. Para tirar melhor proveito de cada um desses eventos distintos, foram criados 3 métodos de obtenção de energia, sendo que um deles ainda está em testes.



Energia das Ondas
  O sistema inteligente de obtenção de energia através das ondas funciona da seguinte forma:
 É construída uma espécie de abrigo com um cano na sua parte traseira onde está localizada uma turbina.
 A onda entra pela parte frontal do abrigo, empurrando o ar local em direção do tubo e, consequentemente, girando a turbina, criando energia cinética.
 Quando a onda sai do abrigo ela puxa, de lado de fora do abrigo e através do tubo, o ar para preencher novamente o local, dessa forma forçando o ar a voltar e girar mais uma vez a turbina, aproveitando o evento até o fim.
 Caso você não consiga entender direito através de explicações escrita, dê uma olhada na imagem do lado! (se precisar, clique para aumentar).



Energia das Marés
 As marés, mesmo quando olhamos por cima e não vemos movimento algum, possuem uma correnteza peculiar. O conceito de se obter energia então é simples!
 É construída uma fileira de "postes" que sobem desde o solo até fora das águas com hélices submarinas que captam a força das marés! Simples, não é?
 Mas para implantar essa energia existe um processo muito trabalhoso que envolve a criação de diques extensos desde a praia mais próxima até o local final da fileira de postes. E apesar de não atrapalhar a correnteza normal, pode causar acidentes com animais marinhos, mesmo que sejam construídas barreiras com redes ao redor do local.
 ( E também pode ser instalado na parte inferior de pontes, podendo ser um adicional interessante para as mesmas. )


O Frio das Profundezas
 Foi constatado por mergulhadores que quanto mais afundarmos no mar, maior será o frio!
 Isso é meio óbvio, uma vez visto que a água absorve radiação solar e se aquece mais pra cima e as porções mais submarinas absorvem menores quantidades. Tudo bem, mas... Como tirar proveito disso?
 Um "novo" mecanismo foi criado capaz de criar energia através dessa diferença de climas entre a superfície aquática e suas próprias profundezas! Consiste numa comprida instalação que capta a energia submersa e faz com que a mesma se choque com o calor da superfície, gerando assim energia.
 O problema é que é muito trabalhosa, apesar de ocupar pouco espaço em relação à longitude, ocupa muito espaço em relação a profundidade. Sem falar que a energia só pode ser produzida se houver uma diferença de temperatura de 38 ºF.
 Esse método em avaliação só foi instalado no Hawaii e no Japão.


 Você já tinha imaginado que energia poderia ser produzida de diversas formas num ambiente tão bonito quanto o mar? É incrível o que o homem pode fazer em junção com a natureza! Ensinamentos que eram ensinados desde os tempos das grandes navegações em países asiáticos.
 Mas, para concluir, aqui vai uma dica Geo SPOT!:
 Lembre-se que existe uma diferença importante entre a simples Energia Hidrelétrica e a Energia Oceânica/Gravitacional! (Lembre-se também que "Energia Gravitacional" também é um nome dado a um evento totalmente diferente da física!)

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por Kevin Talarico
fontes: Em Meio ao Ambiente da Física (blogspot) e ABC Da Energia.
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Um Combustível Antigo

 Mesmo com todas as energias renováveis e alternativas, nós estamos acostumados a utilizar os velhos, poluentes e não-renováveis Combustíveis Fósseis.
 Mas afinal, quem são esses "vilões" do meio ambiente?
 Num resumo geral, combustível fóssil é todo aquele combustível extraído da terra e proveniente de decomposições de seres muito antigos, daí o nome 'fóssil'. Esses materiais já foram utilizados de diversas formas e diversas vezes no decorrer da história humana. Nós da Geo SPOT! pensamos que seria interessante descrever e identificar os principais combustíveis dessa categoria e também como eles foram utilizados nos tempos mais modernos.
Carvão
Consiste em uma substância de aparência preta e rígida, semelhante a uma pedra. Entre os elementos de sua composição estão o carbono, hidrogênio e oxigênio e diversas quantidades de enxofre. Por meio da exploração mineira são extraídos as principais variedades de carvão mineral, como lenhito, antracito e hulha. Nos últimos 25 anos, a produção de carvão mineral em todo o mundo cresceu cerca de 65%. O carvão é dentre os três o recurso mais abundante, e ao mesmo tempo o mais poluente, pois produz 1,37 vezes mais dióxido de carbono do que petróleo, para igual conteúdo energético, emitindo ainda quantidades significativas de outros poluentes do ar, em especial o óxido de nitrogênio, óxido de enxofre e cinzas. Supre ainda cerca de 24% das necessidades primárias de energia mundial.

Petróleo
Formado por uma mistura complexa de hidrocarbonetos. Encontra-se impregnado em rochas porosas, em conjunto com o gás natural e à água, sendo estes locais designados jazidas de petróleo. Apesar de conhecido há muitos séculos, só recentemente seu uso como combustível consolidou-se, sendo que na década de 60 tornou-se o principal elemento combustível da indústria como um todo. As suas reservas mundiais limitam-se a alguns poucos locais em determinados países, na sua maioria localizados no hemisfério sul, sendo que o seu consumo está em sua maioria, em países da América do Norte. Seu emprego na vida moderna é bastante diverso, indo de material combustível de automóveis, aviões, navios e no aquecimento de casas e prédios, é ainda matéria-prima para plásticos, produtos químicos, fertilizantes e tecidos.

Gás Natural

O famoso gás de cozinha é mais leve que o ar, condição vantajosa em questões de aplicação de segurança, constituído em sua maioria por metano. Gás altamente inflamável disponível em reservatórios subterrâneos. Sua queima é menos poluente que a do petróleo ou a do carvão, sendo que seu aproveitamento depende de bombeamento e consequente transporte.Importante fonte de geração de energia e produção industrial, sendo que a sua forma liquefeita e comprimida é também utilizada em veículos automotivos. Sua contribuição para a demanda primária total de energia deve subir em torno de 25% até 2030.

 O carvão, dentre esses outros elementos, já foi muito bem explorado antes mesmo das modernizações! Foi utilizado como combustível para grande máquinas a vapor, como os velhos e primeiros trens.
 Mas se não haviam motores como hoje, como funcionavam essas maquinarias?

 Haviam duas espécies de motor a vapor: O de contrapressão e o de condensação.
 Motores de Contrapressão utilizavam um conceito da física muito antigo, é considerado o motor mais arcaico. O combustível (no caso o carvão) era colocado por um pequeno tubo (para máquinas pequenas) ou por uma grande comporta (para máquinas grandes) e queimado. O material iria emanar uma grande quantidade de vapor, assim então fazendo pressão nas paredes do sistema. Uma dessas paredes iria ceder sempre que a pressão alcançasse um determinado nível e sendo empurrada para frente, esse movimento fazia o sistema de engrenagens rodar e liberar mais carga para ser queimada (em caso de máquinas pequenas) ou seria necessário mais uma remessa da mesma sendo inserida manualmente (máquinas grandes).
 Não deu para entender? Tente dar uma olhadinha nesse .gif animado auto-explicativo.
 O outro conceito de motor, o de condensação, é um conceito utilizado até hoje mas sem precisar desses combustíveis fósseis. É aquele velho sistema que já estamos cansados de ver onde o material é colocado em chamas, produzindo vapor que é levado por um sistema de dutos para movimentar turbinas e assim gerando energia cinética (que pode depois ser convertida em energia elétrica).

  Certo, mas e quanto aos motores atuais que utilizam combustíveis fósseis derivados do petróleo? Como funcionam?
 Chamados de "Motores de Combustão Interna", essas maquinarias atuais possuem tantas subdivisões e tecnologia que merecem estudo aprofundados como aulas técnicas e cursos profissionais. Mas numa visão geral e leiga, é um motor que funciona a partir de uma reação termo-química que ocorre dentro do mesmo e produz energia. Cada subdivisão desses motores (ou seja, uma linhagem de motores) possui a capacidade de reagir com determinado combustível. Os primeiros automóveis possuíam motores capazes de reagir apenas com os combustíveis fósseis mais primitivos, mas hoje em dia possuímos diversas outras fontes de energia para abastecer diversos outros tipos de motores.
 Lembre-se também que esse tipo de motor não é utilizado apenas em automóveis! E muitas vezes confeccionado em escala grande para a produção de eletricidade em massa!


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pesquisas: Brunno Guttardi e Kevin Talarico
fontes: http://planetadasciencias.blogspot.com.br/2009/05/energia-fossil.html
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Energia dos Ventos

 Uma das energias mais "simples" de se compreender é a Energia Eólica.
 É uma energia limpa (considerada a mais limpa existente) e renovável.
 Consiste basicamente em aproveitar a força dos ventos para produzir eletricidade ou realizar outras tarefas. Um dos exemplos mais conhecidos do uso do vento é o Moinho, que possui suas hélices especiais para absorver o impacto da energia do vento e realizar ações.
 Realizar ações? Não é simplesmente gerar energia?
 Não! O Moinho de Vento evoluiu com o tempo e já possuiu outras funções. Na Idade Média, onde aparentemente surgiram, os moinhos eram capazes de moer o trigo! O giro das hélices acionava o movimento de algumas engrenagens dentro da torre de pedras onde o moinho se instalava. O posicionamento dessas engrenagens era super importante, pois uma rampa era construída em suas bordas, canalizando o trigo depositado pelos fazendeiros para o meio delas. O movimento contínuo, por fim, era capaz de esmagar e moer o trigo, que era jogado para um andar inferior onde ficavam os produtos finais.
 Foi inspirado nesse conceito que inventaram motores capazes de converter o movimento das hélices em eletricidade! O único problema é que o material exato para se produzir, instalar e manusear essas maravilhosas maquinarias é realmente muito caro! Sem falar que existe uma velocidade máxima que os ventos podem alcançar sem danificar o equipamento, podendo, em casos extremos, levar o equipamento a perca total.
 Veja a seguir como é o interior de um moinho de moer trigo tradicional e o de uma Turbina Eólica moderna:



(clique para aumentar)

 Observe, no topo de ambos os equipamentos, a existência de uma espécie de cata vento. Ele indica a direção do vento! Nos primeiros projetos servia apenas para a orientação do dono do moinho, mas em alguns projetos atuais é capaz de redirecionar as hélices para melhor aproveitamento.
 Observe também a grande quantidade de mecanismos de emergência da Turbina Eólica. Perder um equipamento desse porte não é uma opção para os investidores nessa energia. Ainda assim, com todos esses freios e controles, um acidente ainda pode ocorrer! Como o acidente em Ardrossan (uma província da Escócia) onde o material de aproximadamente 3 milhões de dólares simplesmente explodiu ao não aguentar os ventos de alta potência. A província contava com 15 turbinas do mesmo tipo para suprir a necessidade de energia de 20 mil lares.
(momento exato da explosão captado por um fotógrafo local)
 Quem sabe com invenções e investimentos na energia eólica o mundo consiga produzir a mesma em escala muito maior!! Mas por enquanto, parece que dependeremos dessas luxuosas turbinas de milhões de dólares!
 Talvez esses mecanismos estejam mais próximos de serem criados do que nunca! Como o protótipo WindCube...
 Só nos resta aguardar.

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pesquisas: Brunno Guttardi e Kevin Talarico
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Uma Impressora de Energia Solar?

 Para introduzir com classe a Energia Solar, pensamos em começar com uma notícia inovadora!
 Dois jovens cientistas que buscam revolucionar o conceito de sustentabilidade inventaram "Placas Solares Portáteis"! Como se não bastasse, essas pequenas placas são produzidas por uma impressora 3D capaz de produzir uma a cada 15 segundos!
 Essa criação de Alex Hornstein e Shawn Frayne (norte-americanos) combate os principais motivos pelos quais a energia solar foi considerada fora de mão: O custo e o clima.
 Com uma placa solar de bolso e uma impressora da mesma também portátil, o usuário pode colocar suas engenhocas em uso quando for de melhor proveito.
 A DIY Solar Pocket Factory Machine é uma impressora 3D capaz de utilizar materiais não tão específicos para produzir as placas. Além de ser de baixo custo e acessível, você pode utilizá-la quando quiser e aonde quiser!

(Garota asiática segurando a placa solar portátil como símbolo de aprovação da tecnologia)
 Mas, vamos lá! O que é Energia Solar? Como funcionam esses mecanismos e por que foram considerados tão fora de mão?
 Energia solar é aquela proveniente do Sol (por meio da luz e calor), absorvida por meio de painéis de células fotovoltáicas e usados para geração de energia elétrica e aquecimento de água e ambientes em algumas casas e edifícios já adaptados à essa tecnologia.
 Isto é, a utilização da energia solar não se restringe à conversar da radiação do Sol em eletricidade, mas o proveito dessa energia! Esse proveito pode ser feito também por alguns recipientes de metal no exterior da casa para aquecer a água, para evaporação fracionária natural (um processo 'químico' para obtermos sais minerais encontrados na água) e simplesmente para iluminarmos nossas casas e continuarmos realizando nossas ações comuns no dia-a-dia. Isto faz da energia solar: limpa, sustentável e tecnicamente gratuita.
 As placas fotovoltáicas, em específico, funcionam da seguinte forma:

Por meio de células fotovoltáicas, adaptadas para receber e processar radiação solar, seja como luz ou calor, transformando em energia elétrica por meio de geradores, porém, a quantidade de energia gerada ainda é pequena se levada em conta a quantidade de radiação recebida.

 A tecnologia de placas e células fotovoltáicas era fora de mais, até então, pelo custo grande para produzir uma pequena placa que não era capaz de produzir uma quantidade de energia interessante e/ou proporcional à quantidade de radiação solar.
 Agora imagine a popularizando dessa tecnologia e toda a exploração da energia solar como um todo? Se já é interessante observar que projetos de finalidade 'simples' (já apresentado em outro post) como o Domespace podem fazer diferença utilizando da simples iluminação solar e uma produção complexa, então qual será o impacto gigantesco que essa nova tecnologia pode causar?
 Você imagina? Está mais perto do que pensávamos.

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pesquisas por: Brunno Guttardi e Kevin Talarico
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O Calor Da Terra

 Sempre que vamos a um termas natural, nós presenciamos uma fonte de energia de perto. Sabe qual? A Energia Geotérmica!
 Energia geotérmica, também conhecida como geotermal, é aquela gerada através do calor proveniente do interior da Terra. Esse calor é transformado, na usina geotérmica, em eletricidade. Ainda muito pouco usada por falta de áreas disponíveis para implantação de usinas.
 Mas afinal, se a energia provém do centro da terra, porque há falta de áreas disponíveis para implantação de usinas?
 Existe toda uma pesquisa delicada de terreno que deve ser feita, não é todo terreno que consegue suportar uma "fábrica" de energia gigantesca. Isso tudo decorrente dos seguintes motivos:

1- Não são todos os locais que possuem subsolo fornecedor de energia térmica próximo à superfície - Dessa forma, a busca pela energia seria muito trabalhosa e com gastos astronômicos;

2- Nem todos os solos são fortes o suficiente para sustentar as usinas - Se houver uma concentração de rochas vulcânicas abaixo da usina, de onde se aproveita o calor, o solo deve ser tratado ou naturalmente forte, caso contrário, como em solo que sofreu erosão, é possível que acidentes catastróficos possam deixar a usina destruída.

 Mas não é sempre que as usinas geotérmicas utilizam de um calor maior de 150ºC! Este é o caso dos termas naturais.
 Esse técnica é chamada de "utilização direta" e consiste em simplesmente aproveitar da água quente "gratuita" para os fins determinados pelos utilizadores.
 Existe um grande complexo desse modo aproveitamento de termas naturais no Brasil, o famoso Thermas Dos Laranjais, um parque aquático que fornece uso de grandes piscinas relaxantes e outras atrações turísticas.

 Outra forma de utilizar desse energia são as bombas de calor geotérmico (BCG) que são capazes de controlar o clima de um ambiente, usufruindo do calor para trabalhar como um aquecedor e também de sua mecânica avançada para agir ao contrário, esfriando o ambiente absorvendo o calor externo.

 Por fim, temos as grandes usinas geotérmicas, que trabalham com a conversão desse calor para eletricidade. Isso só ocorre quando a energia fornecida é maior que 150ºC, o que as vezes pode ser um pouco trabalho para se conseguir.
 Observe a estrutura comum de uma usina:

 É interessante observar que, apesar da estrutura ser, quase em sua totalidade, padrão, existem motores diferentes para a conversão de energia.
 Num contexto geral, o solo da base da central geotérmica é feito de sedimentos, assim a chuva pode penetrar o mesmo e reabastecer a usina. Essa água acumulada é aquecida pelo calor subterrâneo e elevada às turbinas que, por sua vez, podem agir das seguintes formas:

Se for um sistema de ciclo binário, a turbina será acionada pelo vapor e logo após o mesmo ira ser resfriado e enviado de volta para um tubo com conexão à entrada de vapor e saída de água, dessa forma o vapor troca calor direto com água e poupa o trabalho da mesma precisar voltar ao reservatório subterrâneo.

Já o sistema a seco é o conceito mais simples, onde o vapor simplesmente aciona a turbina e depois é resfriado (geralmente num câmara separada) e reenviado para o subsolo.

Por fim, o sistema de 'flash' consiste num tanque que procede a turbina. Este tanque ira armazenar uma grande quantidade de vapor até que a pressão se tão grande que gire a turbina bem rápido e por um tempo garantidamente mais contínuo.

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 Agora você pode se perguntar, a Energia Geotérmica é renovável, gratuita e com produção eficiente para cobrir os gastos rapidamente, mas será que apresenta riscos?
 Os riscos existem sim. Existe sempre a possibilidade do subsolo ceder e causar algum pequeno evento vulcânico capaz de destruir a usina. Mas as possibilidades são minúsculas, visto que o local é estudado previamente para evitar esse tipo de complicação.
 No entanto, é possível que um distúrbio à dinâmica terrestre possa ser criado! Afinal, estamos mexendo com um material que é ligado diretamente ao núcleo do nosso planeta!
 De uma forma ou de outra, agora sabemos que a energia elétrica pode ser fornecida pela energia bem debaixo dos nossos pés!
 Basta agora achar um lugar apropriado para usufruirmos da mesma...

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pesquisas por: Brunno Guttardi e Kevin Talarico
 (entre outras)
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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Como As Coisas São Feitas


Já parou pra pensar como são feitas as coisas?
 As vezes até sabemos como elas são produzidas. Basta pegar alguns materiais e passar pro um processo de mão de obra com as devidas técnicas. Mas e quando começamos do zero? E quando estamos estudando produtos brutos?
 A Geo SPOT! reuniu informações de duas grandes empresas que produzem materiais um tanto quanto brutos. Acompanhe a seguir como são produzidas as placas de Aço e outros produtos com depoimentos de uma siderúrgica!


Nas siderúrgicas, o aço nasce da retirada das impurezas do ferro
1. O aço é uma liga metálica 3 de ferro purificado. Sua principal matéria-prima é o minério de ferro - que não é ferro puro. Na natureza, o ferro sempre vem ligado a átomos de oxigênio, formando óxidos como hematita (Fe2O3), um dos principais minérios de ferro
2. Assim que o minério de ferro chega à usina siderúrgica, ele é misturado à cal (CaCO3, um composto de cálcio) e ao carvão (C, carbono puro), ingredientes que nas etapas seguintes vão ajudar a purificar o ferro, transformando-o em aço
3. A mistura de hematita, cal e carvão segue para o alto-forno - um forno que recebe oxigênio e arde a 1 200 ºC - , onde o objetivo é purificar o minério de ferro, retirando os átomos de oxigênio e de areia fina que ele contém
4. A purificação acontece em duas etapas. Primeiro, os átomos de oxigênio (O2) injetados no forno se combinam com átomos de carbono (C) do carvão, formando moléculas de monóxido de carbono (CO)
5. Em seguida, o monóxido de carbono reage com a hematita (Fe2O3), gerando como produto moléculas de gás carbônico (CO2) e de ferro (Fe)
6. A cal (CaCO3) também ajuda na purificação: ela serve para atrair outro tipo de impureza presente no minério de ferro - minerais como silício (Si), cálcio (Ca) e alumínio (Al). A reação da cal com esses minerais produz a chamada escória, substância usada como matéria-prima na pavimentação de rodovias
7. Depois das reações de purificação, o ferro que sai do alto-forno é o chamado ferro-gusa - um ferro em estado líquido e sem oxigênio, mas com elevado teor de carbono e com impurezas como silício, manganês e enxofre, elementos que tornam o ferro bastante frágil
8. Depois de passar pelo alto-forno, o ferro-gusa chega ao conversor, onde recebe uma pulverização de magnésio (Mg) e um intenso jato de oxigênio. Essa reação gera como produtos óxidos de enxofre, magnésio, fósforo e silício (que são retirados da mistura) e aço - ferro com baixa porcentagem de carbono (no máximo 2%), que segue em frente
9. Ainda em estado líquido, o aço é transferido do conversor para um molde, onde o líquido incandescente ganha a forma de barras ou chapas e é resfriado por jatos de água, passando do estado líquido ao sólido. No fim dessa etapa, as barras ou chapas de aço são cortadas por uma tocha especial
10. Cortadas em pedaços, as barras ou chapas de aço seguem para a laminação, onde ocorrem duas coisas: primeiro, o aço é reaquecido a 1 000 ºC tornando-se mais moldável. Segundo, ele é moldado por cilindros que diminuem a espessura da barra até a medida desejada
11. Depois da laminação, o aço pode seguir dois caminhos. Ele pode ser resfriado e comercializado diretamente na forma de vergalhões, barras de metal usadas para erguer casas e edifícios, por exemplo. Ou...
12. ...O aço pode seguir na linha de produção e passar por uma máquina chamada bloco, que transforma o aço laminado em fios de aço e reduz sua espessura. O "fio-aço", então, pode servir de matéria-prima para a fabricação de outros produtos, como arames e pregos.
 E quanto ao outro produto? Concreto!
 Isto mesmo! Sabemos que profissionais na área da construção podem preparar concreto na hora fazendo uma mistura de materiais, mas existem empresas que produzem placas de concreto prontas e com especializações, resumindo a mão de obra apenas para a instalação.
 Esse é o caso da Concremix, que descreveu todo o processo da extração de seus materiais retirados da Pedreira de Mairiporã:

Decapeamento: Consiste na retirada do material de capeamento que fica sobre o material rochoso, com a utilização de escavadeiras, tratores e caminhões e o transporte para regiões próximas à área de lavra.

Perfuração: É preciso preparar o local do carregamento. Para isso usamos perfuratrizes hidráulicas e pneumáticas, perfuramos a rocha formando as "malhas de fogo", que servirá de base para o carregamento e desmonte da bancada.

Desmonte: Com aplicação de cargas adequadas, criação de uma malha eficiente e elementos geométricos, é possível gerar descontinuidades na rocha "in situ" e reduzir um maciço rochoso a uma pilha de fragmentos com formas e dimensões viáveis para o trabalho.

Carregamento e Transporte: Executada por carregadeiras, limpam o material das praças e carregam os caminhões fora de estrada, para o transporte do material até o beneficiamento.

Britagem Primária: O material coletado sofre a primeira redução de tamanho pela ação dos britadores de mandíbula. Nessa etapa é produzido o material que os pedreiros utilizam para confeccionarem seu próprio concreto sob a medida universal de grãos.

Pulmão Primário: Agora o material é direcionado ao pulmão primário, que servirá de estoque de material para cobrir alguma parada na produção e também como local de coleta de material com faixa granulométrica adequada para venda.

Britagem Secundária: O material coletado no pulmão primário é transportado para a britagem secundária, onde novamente o material sofrerá redução granulométrica, assim como na britagem primária.

Britagem terciária e quaternária: Continua as etapas de redução do material, diferentes apenas pelo fato de utilizarem britadores giratórios.

Peneiramento: Etapa de separação em peneiras vibratórias dos diversos produtos nas faixas granulométricas da pedra britada.


E agora? Consegue imaginar melhor a origem das coisas?
 É sempre muito interessante fazer a análise desse tipo de coisa, afinal é engraçado pensar que existem processos gigantescos e delicados que antecedem os processos que conhecíamos!


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